Rio, 14 de março de 2025
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Rio, 14 de março de 2025

Há dois anos, alunos da rede municipal de Tanguá estão sem uniformes escolares

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Os estudantes da rede municipal de Tanguá não recebem uniformes há dois anos. De acordo com as informações, a ausência do material essencial tem gerado indignação entre pais, professores e especialistas em educação, que cobram um posicionamento do prefeito Rodrigo Medeiros (PL) e do secretário municipal de Educação, Luciano Lúcio Natalino.

A falta dos uniformes tem impactado diretamente as famílias, que precisam arcar com roupas alternativas para que os filhos possam frequentar a escola. Além da questão financeira, há também preocupações com a segurança e a identidade dos alunos no ambiente escolar.

Uma diretora de uma unidade de ensino, que preferiu não se identificar por medo de represálias, criticou a ausência dos uniformes e apontou a falta de planejamento por parte da gestão municipal. “Já fizemos inúmeros pedidos à Secretaria de Educação, mas nunca há respostas concretas. A justificativa muda a cada momento: ora dizem que o processo licitatório está emperrado, ora afirmam que o material foi encomendado, mas nunca chega. É inadmissível que, em dois anos, essa situação não tenha sido resolvida”, comentou

Os pais dos alunos também expressam sua insatisfação. Maria Aparecida da Silva, mãe de dois estudantes da rede municipal, conta que a ausência dos uniformes trouxe um impacto financeiro e social para as famílias. “Todo ano, a gente espera o uniforme e nunca vem. Meu filho já foi barrado em um passeio porque não estava uniformizado, mesmo eu explicando que a escola não entrega há dois anos. É revoltante! A Prefeitura deveria dar uma solução, porque a gente paga imposto e tem direito a esse material”, afirmou.

Especialistas em educação criticam a negligência do município. O professor e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), Dr. Ricardo Menezes, explica a importância do uniforme escolar para o desenvolvimento do estudante. “O uniforme não é apenas uma questão estética, mas sim de igualdade, pertencimento e segurança. Ele padroniza a vestimenta, reduzindo desigualdades sociais dentro do ambiente escolar. Além disso, facilita a identificação dos alunos dentro e fora da escola, prevenindo problemas de segurança”, contou.

A assessoria de imprensa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que acompanha a situação e que está analisando possíveis medidas legais contra a Prefeitura de Tanguá. Em nota, o órgão destacou que o fornecimento de uniformes escolares é um direito dos alunos e um dever do município.

Já a assessoria de imprensa do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) afirmou que abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades na compra e distribuição dos uniformes pela administração municipal. Segundo o órgão, se forem constatadas falhas no processo, a Prefeitura poderá ser penalizada.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Tanguá não respondeu aos questionamentos da reportagem. Perguntar não ofendem, então, deixaremos alguns questionamentos ao prefeito Rodrigo Medeiros e ao secretário Luciano Lúcio Natalino:

  1. Por que os alunos da rede municipal de Tanguá estão sem uniformes há dois anos?
  2. Houve algum problema no processo de licitação ou compra dos uniformes? Se sim, qual foi a causa e o que está sendo feito para resolver?
  3. Quando a Prefeitura pretende normalizar a entrega dos uniformes aos estudantes?
  4. Há previsão orçamentária para a compra dos uniformes escolares neste ano?
  5. Como a Prefeitura avalia o impacto da ausência dos uniformes na segurança e identificação dos alunos nas escolas?
  6. O município recebeu alguma recomendação ou notificação do Ministério Público ou do Tribunal de Contas em relação a esse problema?
  7. Qual a resposta da administração municipal às críticas de pais, diretores e especialistas sobre a falta de planejamento nessa questão?
  8. Existe algum plano emergencial para fornecer uniformes ou auxílio financeiro às famílias enquanto o problema não é resolvido?
  9. A Prefeitura considera a possibilidade de estabelecer parcerias com empresas ou outras instituições para acelerar a distribuição dos uniformes?
  10. Qual o compromisso do prefeito e do secretário para que a situação não se repita nos próximos anos?
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